quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O valor dos grandes parceiros

Às vésperas da comemoração dos 12 anos do Sebrae-SP – Escritório Regional Alto Tietê, na próxima terça-feira (10/11), me vem à mente a história da minha própria formação como empreendedor, líder rural, homem público, ser humano. Na verdade, fui privilegiado ao comandar os destinos de Mogi das Cruzes por oito anos depois de haver aprendido as lições das melhores escolas em termos de organização e mobilização social.

Ao longo de toda minha vida, atuei em associações, cooperativas e sindicatos que trabalham, permanentemente, com micro, pequenos e médios empresários. Não bastasse, fui assíduo participante do sistema Sebrae e, como deputado estadual, em 1996, tive total apoio do saudoso governador Mário Covas para viabilizar a implantação da Agência Regional do Sebrae-SP em Mogi das Cruzes, o que gerou resultados fantásticos. Até então, o atendimento ao Alto Tietê concentrava-se em São José dos Campos.

Tivemos o privilégio, vale frisar, de contar com profissionais extremamente sensíveis, competentes e dedicados no comando do escritório regional do Sebrae. Todos identificados com o desenvolvimento sustentável de que a sociedade tanto necessita. Lembro-me do saudoso Mauro Hippolyto, engenheiro agrônomo que atendeu nosso convite para ser o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico e Social de Mogi. Ele foi sucedido por Emerson Morais Vieira que também nos brindou com um magnífico legado de ações. Na sequência, a atual gerente Ana Maria Magni Coelho revelou-se uma exímia executiva, que coloca sua alma na missão cotidiana de interagir com a comunidade e organizações da Região em benefício da coletividade, consagrando a agência regional, em Mogi, como uma das mais produtivas do Estado.

Ao assumirmos a Prefeitura, firmamos uma parceria produtiva e contínua com o Escritório Regional do Sebrae-SP. Incrementamos e irradiamos toda a estrutura de apoio às pequenas e médias empresas. Assim, partindo de Mogi, brotaram projetos como a Intec – Incubadora Tecnológica, extensa gama de cursos voltados ao empreendedorismo em todas as atividades econômicas e, principalmente, programas de profissionalização dos agentes do mercado informal que se transformaram em microempresários.

Aliada à atuação do Sebrae-SP, a Administração Municipal multiplicou a oferta de cursos gratuitos no CIP - Centro de Iniciação Profissional, além de executar uma bem-sucedida política de desenvolvimento empresarial. A ferramenta envolveu, entre outros preceitos, desde legislação específica para atração de empresas e expansão das existentes, com incentivos fiscais, doações de áreas a pequenas e médias empresas até a instalação da primeira unidade do Banco do Povo na Cidade que, durante anos, foi campeã estadual em número de contratos formalizados. Tudo, em plena sinergia com outras instituições públicas, entidades classistas e universidades.

A bateria de ações conjuntas fomentou o crescimento industrial, oxigenou comércio, impulsionou o setor de serviços e fortaleceu os agronegócios, consolidando posições de vanguarda da Cidade na produção de hortifrútis e flores. Mogi ganhou cerca de 8,2 mil empreendimentos, entre indústrias, prestadores de serviços e estabelecimentos comerciais. Não por menos, é reconhecida pelo Ministério do Trabalho como um dos municípios que mais geraram empregos no País, no período de 2001 a 2008. Foram cerca de 115 mil, entre diretos e indiretos. Diferente de outras localidades, aqui existe o Distrito Industrial do Taboão que, preservado para a finalidade da expansão empresarial, continuará proporcionando o crescimento dos negócios com qualidade de vida.
Sintetizando, esse trabalho fez de Mogi das Cruzes – proporcionalmente à densidade populacional – uma recordista na constituição, implantação e ampliação de empresas, além de figurar no ranking nacional das 100 mais dinâmicas, ser catalogada como uma das mais bem administradas do País, uma das mais promissoras para trabalhar e uma das melhores do Estado para morar.

Tudo isso, apesar das severas restrições ambientais existentes para preservar os recursos naturais do Município que integra o sistema produtor de água destinado ao abastecimento da Grande São Paulo.

O desenvolvimento econômico registrado em Mogi foi o alicerce para a edificação dos programas que melhoraram a qualidade de vida do mogiano. Elevou a receita tributária viabilizando investimentos para fazer frente às demandas da população em áreas fundamentais como educação, saúde, segurança, saneamento básico, infra-estrutura, meio ambiente e outras.

A evolução das ações do Poder Público e da setor privado rendeu a Mogi das Cruzes, nos anos de 2001, 2002, 2005, 2007 e 2008, cinco títulos de "Prefeito Empreendedor" – Prêmio Governador Mário Covas, concedidos pelo Sebrae. Aliás, entendo que a legítima destinatária da homenagem é a Prefeitura e não a figura do prefeito.

A premiação é uma demonstração inequívoca da consideração, admiração e reconhecimento de outras cidades à posição de vanguarda de Mogi. Daí, o papel vital desempenhado pelo Sebrae, nos quatro cantos do País, como a melhor alavanca para expandir, com qualidade e solidez, as pequenas e médias empresas, assim como aperfeiçoar a atuação dos microempresários autônomos.

Fato é que a Prefeitura, sozinha, não faz nada. Também não há varinha de condão para mágicas. É com muito esforço, planejamento e parceiros, como o Sebrae, que se concretizam meios de atender as justas demandas da sociedade. A bênção é que o povo está colhendo os frutos do que semeamos. Todas as áreas, contudo, podem e devem ser aprimoradas. Longe da acomodação, nossa filosofia é a melhoria contínua. Nosso alento? Estamos no caminho certo.
Junji Abe (DEM) é ex-prefeito de Mogi das Cruzes

Um comentário:

  1. Junji, obrigado pela homenagem! Entendemos que a ação do SEBRAE SP em Mogi das Cruzes é permeada por parcerias saudáveis, com visão de futuro e com foco no empreendedor. Um grande abraço! Emerson Morais Vieira

    ResponderExcluir